A comunicação alternativa desempenha um papel significativo nos Cuidados Paliativos, especialmente quando os pacientes enfrentam dificuldades na comunicação tradicional devido a doenças graves, condições neurológicas ou diminuição da capacidade física.
É preciso levar em conta que a comunicação é o principal caminho para a relação entre pacientes, familiares e equipe, sendo uma ferramenta fundamental para assegurar as vontades do paciente, melhorar seu bem-estar e reduzir os anseios relacionados ao processo do adoecimento.
Frente às situações que impedem (temporariamente ou permanentemente) as expressões verbais do paciente, é preciso encontrar uma via alternativa para o funcionamento da comunicação. Este comprometimento da fala pode estar associado à afasia, distúrbios da fala, acidentes vasculares cerebrais, demências, paralisias cerebrais, entre outros.
Tendo em vista que a comunicação é a essência da vida humana e cumpre papel importante na construção do indivíduo, quando há a incapacidade de se comunicar, há, inevitavelmente, uma diminuição de qualidade de vida. Dessa forma, encontrar formas alternativas para isso é crucial em Cuidados Paliativos, trazendo mais conforto, bem-estar para o paciente e seus familiares. Também é uma forma que os profissionais têm de direcionar melhor o cuidado a partir das demandas apresentadas.
Na comunicação alternativa, o comunicar-se não dependerá da fala oral: podem ser sinais manuais, tabelas de comunicação, dispositivos tecnológicos e outros meios que permitam a expressão de forma clara e compreensível. O intuito é colocar o paciente no centro das escolhas e fazer com que ele se sinta parte do todo.
Mas, para que ela seja efetiva, é preciso estabelecer um diálogo em comum: e a equipe multidisciplinar será a responsável por essa avaliação junto aos familiares, levando em conta o diagnóstico e aspectos cognitivos. Assim serão estabelecidos os métodos e recursos técnicos indicados.
Vale lembrar que cada indivíduo é único e carrega uma história para além de um diagnóstico de uma doença grave. Sendo assim, a abordagem de comunicação alternativa deve ser avaliada pela equipe de Cuidados Paliativos a fim de que se encontre o que for mais adequado para a pessoa em questão, sempre colocando-a como protagonista do cuidado.
Vamos falar mais sobre isso no Curso de Aprimoramento em Comunicação Alternativa para Atuação em Cuidados Paliativos: